O sol já não queima
na pele áspera
que já queimou
agora
beija
nos braços da ceifeira
que amou
a espiga brilha
cantada
no barro do chão
na madrugada
da terra lavrada
no pó da eira
movimentada
o sol não queima
agora beija
a cara torrada
a debulhada
o corpo suado
curvado
mas não rebaixado
do antigo criado
libertado
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